sábado, 12 de outubro de 2013

Música Etérea...

(Não tem jeito mesmo gente...no final das contas eu acabo escrevendo sobre música! é mais forte do que eu. acho que preciso reformular a descrição do blog, pois como vocês podem perceber 90% dele é sobre música...enfim, peço desculpas... e vamos ao que interessa né?)

A palavra etéreo no sentido figurado significa delicado, aéreo, e é exatamente essa a definição sonora da banda Cocteau Twins. Formada pelo trio Elizabeth Fraser (vocal), Robin Guthrie (guitarra), e Simon Raymond (guitarra, baixo e piano) em meados de 1979, a banda é uma das representantes do gênero ethereal, e darkwave, ambos provenientes do sub-gênero rock gótico. 

Cocteau Twins


A banda encerrou as atividades em 1998, mas Elizabeth Fraser faz algumas aparições ao vivo. A discografia da banda é extensa, afinal são mais de 10 anos de carreira, e várias participações em trilhas de filmes, por exemplo o filme Vestida pra Casar (2008) com a música Cherry Coloured Funk, e Um Olhar do Paraíso (2009) com a música Alice, ambos excelentes filmes. 

Cocteau Twins é uma banda especial para mim, eu a conheci em 2007/2008 num momento onde eu era mais introspectiva, e quando eu comecei de fato a me aprofundar na sub-cultura gótica.  
Se você quer conhecer a trajetória da banda em um texto mais detalhado, acesse esse link http://www.beatrix.pro.br/index.php/cocteau-twins/
(A propósito, a música que eu estava ouvindo enquanto escrevia era essa ai do vídeo, Evangeline)




domingo, 6 de outubro de 2013

Quando a Música te Escolhe...

Sabe aqueles raros momentos em que você está baixando uma música, e por acidente (ou destino) você baixa a música errada? Isso acontece, e aconteceu comigo há uns meses atrás. Não sei exatamente o dia, nem que música eu estava baixando, mas quando eu ouvi a música Melissa (The Allman Brothers Band) a frustração de ter baixado a música errada desapareceu...
Algumas pessoas, assim como eu, tem uma relação de amor pela música, um sentimento único, avassalador, que faz com que você sinta que está pisando em nuvens, que te transporta para outros lugares, e que também faz você sentir como se estivesse tendo um déjá vu...parece loucura, mas não é. é só o efeito poderoso da música. 
Quando eu escutei Melissa, eu senti como se já tivesse ouvido ela antes, a identificação foi instantânea desde o início, o violão, o solo de guitarra...aquela voz rouca, o baixo...e eu senti uma nostalgia, uma saudade de algo que eu não vi, ou que não conheci...não nessa vida. eu imaginei um carro (uma kombi?), alguns hippies, e eu estava com eles pegando a estrada, sentindo o vento no rosto, a liberdade, o amor... Coincidência ou não, a tradução da música fala sobre um cigano, e sobre o seu amor por Melissa. 
Imagem:  farofeiros.com.br
O álbum que tem essa música é o Eat a Peach, de 1971. Eu não conhecia a banda, e vi pouca informação sobre eles na internet. O que sei é que a banda foi formada em 1969, e encerrou as atividades em 1976 . Duane Allman (ex- guitarrista) um dos fundadores da banda morreu em 1971 vítima de um acidente de moto. A banda faz apresentações ao vivo, e seu trabalho mais recente é o DVD Live at the Bacon Theatre lançado em 2003. A sonoridade deles tem influências do blues, country, e jazz. 
Ouça a linda música que influenciou esse post, espero que tenham gostado...até a próxima! 

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Rock in Rio: The Black Mamba

Liguei a televisão e me deparei com uma figura emblemática: ele falava português e inglês ao mesmo tempo, e lembrava muito o capitão Jack Sparrow (Piratas do Caribe) com um jeitinho latino de ser...uma loira bronzeada e sensual estava ao seu lado, e me perguntei se ela era alguma cantora Brasileira desconhecida. Estava errada! A banda que tocava era The Black Mamba, e a loira, Aurea, estava ali cantando com eles numa participação especial, e ambos eram portugueses para minha surpresa!
Foto: Flávio Oota

Corri pro notebook pois queria saber mais sobre esse ser que lembrava o meu ator favorito, e pra variar cantava e tocava como um deus grego sexy. Eu realmente adorei o som dos caras, uma mistura de jazz, soul music, blues, e uma pitada de rock and roll, tudo isso numa banda só, estava sendo demais pra mim...
Mas convenhamos, competência e talento eles tem de sobra, a cantora idem, apesar de não me interessar de imediato pelo trabalho dela. (depois eu dou uma vasculhada na net).
Foto: Flavio Oota

 Pedro Tatanka me deixou anestesiada...que voz incrível esse homem tem, uma presença de palco de um veterano, e simpatia pra dar e vender! Acredito que muitos brasileiros como eu, que não conheciam a banda, vão se tornar a partir de hoje, fortes candidatos a fãs de carteirinha dos mesmos.
Para mim foi a banda que salvou o Rock in Rio de hoje...me despeço com o vídeo clipe da música It Ain't You...estou arrepiada até agora...



quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Álbum do dia: Best Of - Placebo

 Dispensa comentários...                          

Rock: Psicodelismo, Rebeldia e Transgressão dos anos 60

Duas palavras definem a minha semana: Anos 60. Depois de assistir dois filmes que retrataram muito bem a década de 60 e 70 (assista o filme Aconteceu em Woodstock, 2009, e Quase Famosos, 2000) e de conhecer a banda Crosby, Stills, Nash e Young (amei), eu percebi que tinha que escrever sobre o rock dessa década. Ah Juliana, mas porquê só sobre o rock? Simples: Eu amo tudo o que diz respeito à ele. Do contexto histórico,  ao comportamento. 

Mas não quero falar  só sobre o contexto musical, histórico ou social do gênero. Quero destacar o que é deixado em segundo plano: O comportamento. As sensações. o que se passa na cabeça de uma pessoa quando ela escuta os Beatles ou o Rolling Stone por exemplo? Por que a galera do rock é "revoltada"?  Por que eles são agressivos na maneira de se vestir, ou agir? Por que, por que, por que...

 A resposta para essas e outras questões que cercam esse meio não podem ser encontradas em livros,  com críticos musicais conceituados, ou em artigos científicos. A resposta está dentro de você, no que você pensa, na sua postura diante da hipocrisia da sociedade e da corrupção na política, do preconceito, principalmente contra os negros, que inclusive trouxeram ao mundo o rock and roll com suas letras tristes e de descontentamento com as condições em que viviam, mesmo depois da abolição da escravidão, a resposta está na sua maneira de ver os problemas do mundo, na sua revolta pessoal... e o que faz você ser diferente da grande massa? seu senso crítico e analítico, certo? Era isso que os jovens da década de 60 buscavam, senso crítico, um rock engajado e intelectual, direto, agressivo, psicodélico. E eles encontraram. 



Tanto encontraram como foram esses jovens que fizeram do rock o gênero mais popular na história da música em geral. E foi em 1969 numa fazenda remota, que tudo o que eles mais sonhavam aconteceu: 3 dias de música, paz, amor... e protesto. Sim, protesto, pois naquele ano a guerra no Vietnã ainda estava a todo vapor, e os Estados Unidos (é claro) enviava seus soldados e armamentos de guerra, contribuindo diretamente com o caos. 


Liberdade. é o que eu sinto quando escuto The Who, Jefferson Airplane, Led Zeppelin, Bob Dylan, e tantos outros que me fazem enxergar o quanto a música pode fazer transformações no mundo, e na mente. Não quero ser chata e vangloriar o rock, até porque quem me conhece sabe que eu gosto de música, não importa o gênero, contanto que ela seja "música".  Só quero me expressar...dividir com você ai do outro lado meu ponto de vista. Não tenho o poder de influenciar ninguém (mentira,rs), mas se você gostou do que leu até agora, então, você tem uma alma revolucionária. Então, deixe o rock te dominar, pelo menos essa noite...

Fontes de Inspiração:












domingo, 4 de agosto de 2013

Música: Plumb

Primeiramente, perdão meus caros pelo longo hiato...3 meses sem passar por aqui hein...mas a necessidade, e principalmente a vontade de escrever é mais forte que tudo, mais forte que a falta de tempo, o cansaço, e os problemas do dia-a-dia... Vamos ao que interessa: Novidade
Quero compartilhar com vocês o som da banda Plumb, cuja voz fica a cargo da brilhante Tiffany Née Arbuckle.  

A banda foi formada no final dos anos 90, em meio ao cenário pop rock e eletrônico da época, que inclusive influenciou a sonoridade da banda. Pesquisando mais sobre a mesma, percebi que ela é considerada uma banda cristã, mas há quem discorde. As letras das músicas em sua maioria são de auto-ajuda, e de momentos íntimos da cantora, os seus problemas e como ela conseguiu superá-los, por isso a denominação cristã, pois as músicas transmitem fé e esperança de dias melhores. 

De 1997 pra cá, a banda lançou aproximadamente dez álbuns, porém em 2003 a cantora seguiu carreira solo, e seu trabalho mais recente é o single Drifting. 

Como compositora Tiffany lançou várias músicas para filmes e seriados, inclusive eu conheci o trabalho dela por causa da série The Vampire Diaries, com a música Cut. (assista o primeiro episódio da primeira temporada para ouvir!). 

A música da atualidade está se tornando cada dia mais comercial, sem conteúdo, e principalmente sem talentos natos, isso me deixa revoltada! outro dia eu e um colega estávamos discutindo sobre o que é música de verdade, e nós dois chegamos à conclusão de que música boa só existiu até os anos 90. De lá pra cá, o que nós temos são marionetes, que precisam ser conduzidas pra sair do lugar. o músico, se é que podemos chamar assim, se tornou um produto, que já sai da loja com um rótulo top, e um preço. e se o produto não vier de um mercado de renome, ele é menosprezado. Por isso muitos músicos de qualidade ainda estão por ai jogados Brasil afora como anônimos.  Desculpa a revolta pessoal.

Confesso que nunca ouvi falar dessa banda, e olha que em 1997 eu já tinha idade para ter minha pequena coleção de cantores favoritos. Infelizmente, o que é bom de verdade fica por debaixo dos panos, até alguém descobrir um dia.  

Nesses sites aqui http://alfredoribeiro.wordpress.com/2008/11/01/musicas-que-formaram-meu-carater-plumb/ e aqui http://videomusicaljesus.blogspot.com.br/2009/11/mais-plumb-biografia.html tem informações sobre a trajetória da banda, discografia, e algumas curiosidades . Me despeço com a minha primeira canção favorita... 




quarta-feira, 17 de abril de 2013

Música: Anos 80

Falar da música dos anos 80 com conhecimento de causa é difícil pra quem nasceu no fim dessa década tão rica em termos de música, mas vou tentar. Ontem enquanto assistia um episódio da 4º temporada de Diários de um Vampiro, (sim, eu gosto!) a escola de Mystic Falls (nome fictício) estava organizando um baile dos anos 80, e rolou tanta música boa que eu fiquei inspirada. 

Cindy Lauper

Quando eu penso em algum artista/música dos anos 80, imediatamente eu me lembo da Cindy Lauper! Meu pai escutava muito os discos dela, eu era uma pirralha  mas me lembro disso com nostalgia. Outros artistas que marcaram muito essa década já que mencionei um dos ícones Pop , foi a Madona e o Michael Jackson, os soberanos do gênero.

Havia nessa época coisas novas pairando no ar, músicas dançantes (com a New Wave), alegres, sentimentalistas (sabe aquelas músicas românticas que com certeza a sua mãe ouvia direto?), mas também havia rebeldia (com o punk ,quase morrendo) , e um lado dark (com o Gótico) que trazia nas letras melancólicas uma atmosfera típica de filmes dramáticos com final infeliz (não é exagero) Havia também muito peso nas músicas (o Trash e o Heavy Metal desbancaram muitos artistas de outros gêneros), o tipo de música que com certeza, não era pra qualquer um. 

Foi nessa década que nasceu a MTV (Music Television) em Nova York, e esse nascimento fez com que o público pudesse ter uma interação visual com a música. Videoclipes foram despejados pela mídia televisiva, e é claro que os fanáticos por música aprovaram a ideia. A MTV lançou muitos artistas desconhecidos que não tinham muita popularidade, através dos videoclipes, e com o tempo ela foi se espalhando pelo mundo. 

A música não é só um produto para ser consumido e em seguida descartado (eu pelo menos não penso assim), sem que haja alguma letra com que possamos pensar e refletir, por isso foi na década de 80 que debates de temas como política, economia, e justiça social encontraram na música uma arma poderosa para disseminar a conduta engajada do público e dos artistas. Com certeza os mais velhos se lembram dos mega-eventos Live Aid, realizado no dia 13 de julho de 1985 por Bob Geldof, para arrecadar fundos para os africanos que passavam fome, e da mega turnê Human Rights Now realizado pela Anistia Internacional, com o objetivo de libertar presos políticos, e que rodou o mundo, passando inclusive pelo Brasil e Argentina. 

A década de 80 trouxe uma nova roupagem para o Rock: O Heavy Metal. Ele já tinha dado as caras no final da década de 70, mas ganhou uma sonoridade pesada, e a guitarra ganhou mais velocidade e se tornou o centro das atenções. O visual dos vocalistas tinha influências do punk, e do Glam Rock. 

Iron Maiden, ícones do Heavy Metal




Outro estilo derivado do Heavy Metal que surgiu foi o Trash Metal. A sonoridade é mais agressiva, os vocais são variados: rasgados, agudos, e guturais.  As representantes do genêro são as bandas Slayer,Megadeth, e Metallica. 

The Smiths, The Cure, Bon Jovi, Ozzy Osbourne, The Runaways, U2, The Pollice, Prince, Joy Division, Guns 'n' Roses, Inxx, Van Halen, Whitesnake, Poison, A-ha...tinha música pra todos os gostos, isso é fato. E não custa nada a gente relembrar dessa década recheada de novidades no mundo da música. Despeço-me com  o vídeo de uma das bandas da época que eu mais gosto: The Cure- Lovesong. :)


Fontes: Rock and Roll, Uma História Social - Paul Friedlander, (2006)
Wikipedia
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